domingo, 25 de abril de 2010

Mais fotos do artista Renato Thally e de seus alunos.... curtam aí....



























Brincadeira de gente grande
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Modelar é coisa de criança? Definitivamente não. Esculturas são feitas com massinha e utilizadas inclusive na área dos games. É isso mesmo. Com status profissional, essa arte acompanha as necessidades da tecnologia.
Professor de desenho e modelagem da escola e ateliê Oficina de Arte, Renato Thally estudou a técnica dos quadrinhos, fez tatuagens e há três anos dedica-se a confecção de esculturas. Ele revela que a criação de personagens para as histórias foi fundamental no desenvolvimento de sua percepção estética: “desenhando aprendi muita coisa. Adquiri noções de proporção e acabamento, assim como aprimorei o conhecimento sobre anatomia”.
A arte da modelagem pode ser classificada em dois “tipos”: a chamada “digital”, feita através de programas computacionais, e a “tradicional” confeccionada em cera ou massas epóxi de diversas granulações. Ambas são usadas com freqüência para uso cinematográfico e o desenvolvimento de games. Segundo Thally, a dificuldade inicial para quem começa modelar é estabelecer noções de profundidade nas esculturas, “é preciso analisar a estrutura corpórea, já que somente a partir do conhecimento real das dimensões dos membros é que conseguimos trabalhar com proporções e profundidades. Além disso, na modelagem aplica-se o volume de dentro para fora, pensa-se primeiro nos músculos e depois nas vestes. Perceber tais implicações é fundamental”.
KRAINEM quis saber mais informações sobre essa arte, e entrevistou Thally para uma aula sobre modelagem, aproveite.


KRAINEM: Como procede antes de começar a modelagem?

Thally: Separo as referências do que será modelado através de desenhos e fotos, então faço um primeiro layout e produzo a escultura em uma massa bem mole, para depois refazê-la em uma profissional.



KRAINEM: Como escolher o tipo de massa?

Thally: As moles são indicadas para esculturas de 30 centímetros ou mais, dada a sua facilidade para serem cortadas. Já as mais duras são freqüentemente utilizadas em peças pequenas, como as de 10 mm, já que não amassam com qualquer esbarrão. Caso a massa seja muito dura será necessário usar ferramentas aquecidas como o maçarico.


KRAINEM: Quando modela uma peça de corpo inteiro qual a principal dificuldade?

Thally: Em peças assim, rosto, pés e mãos são o tormento do artista. Porque cada dedo tem um tamanho específico, há uma variação de medidas muito grande e a simetria não existe. É muito comum ver os alunos modelarem mãos fechadas com dedos de mesmo comprimento, pois o entendimento anatômico necessário demora um tempo para ser adquirido. E, mesmo os profissionais também dedicam boas horas de trabalho para modelar essas partes, dada a sua complexidade.


KRAINEM: Depois de modelada, como procede na finalização?

Thally: O acabamento é a parte mais trabalhosa. Antes mesmo de iniciar a modelagem deve-se pensar nos detalhes finais, caso queira fazer réplicas haverá um tipo de trabalho, caso a finalização seja na própria massa haverá outro tipo. Dificilmente um colecionador compra uma peça finalizada em massa, porque haverá muita dificuldade na limpeza e manutenção dada a sua alta sensibilidade.


KRAINEM: Os materiais usados na modelagem profissional são facilmente achados no Brasil?

Thally: Não. Há cinco anos não havia cera e nem massa polímero para modelar, já que o mercado cresceu a pouco tempo. Contudo, ainda hoje não há material com a granulatura específica para modelar uma peça de 125 mm, por exemplo.



KRAINEM: Quanto às réplicas, há muitos imprevistos em suas produções?

Thally: Alguns. Para fazer réplicas é necessário técnica, já que a peça deverá ser fragmentada em locais precisos de modo a facilitar a montagem, além disso, quando a resina é aplicada sobre a obra para fazer o molde podem surgir bolhas, que deverão ser preenchidas com o próprio material utilizado. Às vezes aparecem rugosidades na superfície das réplicas e é preciso alisar, limpando as imperfeições, até que fique apropriada para a pintura. Esse trabalho pode durar mais tempo do que o gasto fazendo a escultura!


KRAINEM: Quais são os principais compradores dessa arte?

Thally: A maior parte é estrangeira. Aqui no Brasil o interesse está crescendo, mas ainda não se compara ao do exterior. São colecionadores que procuram mais as esculturas de modelagem, e, geralmente pedem escalas de 15 a 30 cm. Além disso, há também os produtores de games que necessitam de modelos para visualizarem seus personagens.


KRAINEM: Como comercializam as peças?

Thally: Quando a escultura não é de autoria própria do artista a venda deve ser feita em partes fragmentadas ou a peça inteira contanto que não esteja pintada, pois se pintar e vender, a escultura montada será considerada plágio.


Oficina de ArteRua Tenente Avelar Pires de Azevedo, 207 - sala 1, Osasco - SP(11) 3681-5883

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Caros leitores,

É um texto imagético, se é que isso é possível...

Melancolia, descrença, vazio, nada. Nada. O que há? Espera. Uma espera tão longa quanto às noites mal dormidas de cada um deles. O que há? Cansaço. Cansaço. É a vida se extinguindo languidamente sob o sol escaldante. O que há? Esperança. Olhos fixos. Coração pulsante. Tum-tum, Tum-tum. E na frente? Seus olhares concentrados vislumbram o próximo mês, talvez o dia seguinte. Quem sabe? Por trás da janela dois homens concentrados em seus trabalhos metódicos. Eles contam. Contam o futuro dos outros, os que estão lá fora; não imaginam, contudo, a importância do que contam. Mas continuam. São assistidos pelos olhares externos, não se preocupam, fazem seu trabalho. O que há? Há miséria, senhores, isso há. Poucas notas sobre a mesa, muitas pessoas lá fora. São trabalhadores, plantam chá. Provavelmente não sabem o gosto do que produzem, mas aguardam bovinamente seus minguados salários. Apertam-se atrás da janela. Apertam-se. Disputam seu lugar em meio à desordem. Esperam. Tum- Tum. Esperam. O quê? O quê? Seus olhares perdidos buscam um caminho para percorrer, algo em que acreditar ou futuro melhor? Não se sabe, o que se percebe é o ar de suspense que prende a fala, reduz a respiração, acelera o coração. Não, não é o amor, é o dinheiro. Dia de pagamento.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Olá galerinha....

Fiquei devendo algumas fotos iradas sobre o último post... sorry, aí estão. Aproveitem!



Heritage Custom












Electra Glide Ultra Classic





Se liga no painel desta moto...

















Deluxe









Olha o escapamento...
revestido de pintura "Teflon"
customização de alto porte

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CuStOmIzE-sE

.Não basta ter uma Harley, é preciso ser diferente

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...............................Há uma lenda entre os “harleiros” que diz que você nunca vende a sua primeira moto, compra outra. Lenda, mito, fascínio. Palavras comuns quando se trata da famosa marca americana que representa o símbolo de uma conquista e a realização de um sonho. Mas quem pensa que adquirir uma Harley é o estágio máximo para esses motociclistas, engana-se. A busca por um diferencial fez com que a customização se popularizasse, já que é a própria “personalidade” do dono presente em cada parte da moto que a torna única.

As chamadas “Choppers” são as motos que têm sua estrutura modificada, como o guidão mais alto, o garfo dianteiro estendido e o escapamento diferenciado. O verbo “to chop” em inglês quer dizer cortar, retalhar. Este peculiar estilo de motocicleta teve sua origem na Harley Davidson (H-D) nas décadas de 50 e 60. Os proprietários das H-D queriam motos mais leves como as inglesas mas sem desfazerem-se das suas, começaram a desmontar peças (to chop), como bagageiros, buzinas, setas, acentos do garupa, freios e paralamas dianteiros, retirando assim todo peso considerado “desnecessário”. Mais tarde prolongaram os garfos dianteiros e levantaram o guidão para “cortar” o ar e adquirir mais estabilidade nas rodovias. Mas foi na década de 70 que as “Choppers” passaram ao status de obra de arte, ganhando diversas revistas especializadas e sendo inclusive tema de exposições em galerias de arte.

A febre das motos custom (cuja tradução do inglês é “a costume do dono”), criada pela H-D, atingiu um clímax de grande intensidade nos anos 90 e virou um estilo de vida para boa parte dos motociclistas, tornando-se prática comum nos Estados Unidos, mas nem tanto aqui no Brasil. Houve grandes dificuldades entre os mais “céticos” e fanáticos para aceitar o novo “estilo”, como explica o artista plástico e publicitário, Hélcio Zambotto, dono da loja de customização AZ Motorcycles: “o preconceito estava focado principalmente nas peças e acessórios fabricados no Brasil. Havia a idéia de que qualidade só existia nos produtos americanos. As portas para o mercado de customização abriram-se de uns cinco anos pra cá, quando mais pessoas puderam adquirir Harleys, e, a partir de alguns trabalhos a personalização foi sendo aceita”.

Apesar das concessionárias oferecerem diversos acessórios, a preferência pela customização é nítida. Alexandre Giarreta, administrador de empresas, comprou sua primeira Harley – uma “Fat Boy” azul - e logo sentiu necessidade de personalizá-la, “sempre quis ter uma H-D, mas quero mudar muita coisa! O legal da customização é que você pode encontrar outras pessoas com o mesmo modelo que você, mas nunca com transformações iguais, cada moto fica de um jeito. Na concessionária todo mundo compra o mesmo acessório, na customizada é diferente.”

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Montando um quebra cabeça

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Segundo Zambotto, quando um cliente entra em uma loja para customizar sua moto não tem uma idéia muito clara sobre as modificações que deseja fazer, geralmente pede que a deixe mais “agressiva”. “A primeira coisa que faço é conversar com o cliente, preciso entender qual é o seu estilo e gosto, somente com essa percepção é que consigo pensar nas características da moto e nas modificações que melhor atenderão às necessidades dele”, explica.

A adaptação do projeto à realidade é sempre feita com cuidado e muita reflexão. As peças desenvolvidas precisam funcionar perfeitamente e estarem dentro das necessidades exigidas. Medidas são tiradas do motociclista para que a moto se torne mais confortável e adaptada a pessoa. Na AZ é o publicitário quem desenha e produz as peças e acessórios de que necessita, e, revela que muitas vezes os clientes querem pequenas adaptações: “uma vez um cliente me procurou para aumentar a alavanca do pedal, desenvolvi a peça e resolvi o problema rapidamente, a Harley demoria muito resolver esse tipo de coisa”. No mundo da customização sempre aparecem novos desafios, e é preciso estudo e pesquisa para o desenvolvimento das peças, conforme explica: “os clientes queriam seus escapamentos pintados de preto, mas não havia tinta que ‘pegasse’ dada a elevada temperatura, então desenvolvi junto do pessoal de pesquisa uma tinta feita com o material usado em panelas, o Teflon, e deu certo.”

Quando ficam prontas, as motos saem “velozes e furiosas”, com pintura vibrante, mais cilindradas (o que aumenta a velocidade), guidão adaptado ou escapamento cromado. Os motociclistas ficam extasiados diante da transformação. “Tem cara que monta na moto e não cansa de admirá-la, não desgruda um segundo”, comenta Diego Rodrigues, funcionário da AZ.

Esse trabalho de customização é realizado por profissionais apaixonados por motos, estilistas da emoção. As soluções que inventam para tornar cada modelo construído, uma expressão da personalidade do seu proprietário, são frutos dessa paixão. É um trabalho artesanal, e não produzido em série como numa montadora.

Apesar do mercado em crescimento ainda falta mão-de-obra qualificada para o segmento das motos custom. “A H-D indica muito serviço para as lojas customizadas porque não conseguem atender às necessidades de personalização que os clientes querem”, ressalta Rodrigues.

Tornar uma Harley personalizada tem seu preço, que varia de acordo com a dimensão do projeto, “se o cliente quiser trocar a roda, o guidão e a frente, o custo ficará entre 40 a 60 mil, mas se for deixar somente o motor e modificar a moto inteira, o valor pode ultrapassar 140 mil”, revela o artista.

Quando o assunto é prazo, a resposta é relativa. Uma mudança básica, como a instalação de alguns acessórios, é feita rapidamente, em média uma semana. Caso seja necessário produzir alguma peça, como um guidão, o prazo é capaz de se estender pode durar quase o dobro de tempo. Tudo dependerá do que será feito na motocicleta.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ONG usa reciclagem para integrar jovens carentes

Seleciona, deixa de molho, põe cola, mistura, passa na forma, tira o excesso de água, prensa e seca. Esse é o processo de reciclagem de papel sulfite feito pelo Instituto de Reciclagem do Adolescente, uma organização sem fins lucrativos que busca no desenvolvimento sustentável um caminho para a integração social de jovens moradores da favela do Jaguaré, zona oeste de São Paulo.

“É bom trabalhar aqui”, conta Mayara Santos, funcionária do Instituto e moradora da região. Com jornada de trabalho de 5 horas diárias, a estudante assiste, no próprio Instituto, a aulas complementares de português, matemática, conhecimentos gerais e informática. Além disso, recebe um salário mínimo e tem registro em carteira.

Fundado em 1995 por um grupo de executivos e empresários que desejavam preservar o meio ambiente e, sobretudo promover uma transformação social, o Instituto oferece aos adolescentes da região, através do programa Educação para o Trabalho e Cidadania, oportunidades de desenvolvimento. A coordenadora pedagógica, Moira Demangi, explica que o foco dos projetos criados pela ONG é ressaltar princípios básicos, como o trabalho em equipe, responsabilidade, pontualidade e sustentabilidade, impulsionando os estudantes a novos desafios. “Queremos inserir os jovens da favela em uma realidade diferente e mostrar que através do estudo é possível uma transformação social. A reciclagem é o meio usado para isso”, revela.

As vagas do Instituto podem ser preenchidas por qualquer aluno regularmente matriculado, que tenha entre 14 e 19 anos e tire boas notas na escola. As aulas são ministradas por professores autônomos graduados e que possuem mestrado. Atualmente 100 jovens participam dos programas e há um acompanhamento de seu desempenho escolar.

O processo de reciclagem é coordenado pelo educador e técnico em papel e celulose João Batista da Cruz. Segundo ele, o maior desafio é conciliar a educação dos jovens, o prazo para a entrega e a qualidade dos produtos. “Descobrir como fazer um papel de qualidade sem agredir o meio ambiente e os estudantes é minha maior preocupação”, explica. Os produtos desenvolvidos são feitos com materiais biodegradáveis e não-tóxicos, conforme as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Paulo Roberto de Carvalho, gerente administrativo do Instituto, ressalta que a maior dificuldade é manter financeiramente o projeto. A renda da ONG é obtida através das vendas dos produtos e, em grande parte, de doações. Com mais de 40 parceiros entre empresas e pessoas físicas, o Instituto procura desenvolver materiais que diferenciem seus produtos.

A qualidade empregada, a preocupação com a sustentabilidade e o caráter beneficente do Instituto chamaram a atenção da rede de supermercados Carrefour, que doou, em 2007, o prédio da atual sede. “Uma assistente social da rede viu uma pasta feita por nós e se interessou. Entrou em contato e uma semana depois financiaram o novo espaço”, lembra o gerente. Carvalho buscou outros parceiros para finalizar a obra que resultou num amplo espaço com salas de aula, refeitório, escritório administrativo e uma área de produção.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009


MÁRCIO SCAVONE


Fotografar, arte da fotografia, fotógrafo, clique. Penetro lentamente em um mundo dominado pela luz, sombra, objetividade, imaginação, preto e branco. Percepções. A mensagem transmitida sem intermédio de códigos. Ausência de conotação? Um mero engano. Possibilidades, isso há. Métodos de transformação, aparência modificada. Dilema fotográfico.
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Analógico ou digital? O futuro se mistura com o passado de maneira intensa, mas não se anulam, completam-se. A digitalização dos meios fotográficos atuou como um divisor de águas no quesito praticidade, economiza-se tempo e otimizam-se os resultados. Márcio Scavone sentiu de perto tal mudança e enxerga a nova realidade com visão crítica e realista.

Na coexistência entre o amador e o profissional, extremos atenuam-se através dos programas de tratamento imagético. A diferença? O olhar; esse sentido tão fundamental para a fotografia transforma os resultados. Muitos podem tirar fotos, poucos fazer arte.



Um trabalho diferente

Percepção, detalhe, olhar cirúrgico, características presentes no trabalho de Scavone. Um fotógrafo que descobriu a magia das lentes muito cedo com seu pai e apaixonou-se por ela. Paixão, algo explícito neste profissional. O encantamento produzido pelo método fotográfico e a “bruxaria” do profissional trazem uma realidade diferente aos olhos.

Com formação humanista, Márcio conta histórias com suas fotos. Mas não foi sempre assim. Iniciou sua carreira como fotógrafo de publicidade em um estúdio espanhol. No mundo publicitário conviveu com o culto à imagem, ao estetismo e à beleza. Aprimorou suas técnicas e chegou ao auge de sua carreira. Sentiu-se, contudo, incompleto. Sua busca estava apenas no começo.


Contar histórias, fotografar gente. Foi nos ensaios fotográficos que encontrou seu formato ideal. A produção de coberturas jornalísticas possibilitou um redescobrimento pessoal. Transcendeu a publicidade e o fotojornalismo, atingiu a plenitude fotográfica, a arte sem fronteiras, a linguagem universal.
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Fotografar, a eterna descoberta

Scavone tem consigo um mundo de descobertas, seus insights transformam lugares e pessoas. Conheci o trabalho de Scavone através de uma cobertura fotográfica para a revista National Geografic, bela foto de capa, bairro da Liberdade, lugares inusitados, gente comum, transeuntes imersos no oásis japonês da metrópole paulistana. Porém, havia algo diferente. Abri a revista com a curiosidade de uma estrangeira, lá me deparei com a arte da vida impressa em 35 mm. Mas não para no clique. Um mistério permeia as fotos deste profissional e se estende para o campo da literatura. Suas linhas completam os ensaios como uma moldura num quadro, deixando transparecer toda sensibilidade empregada.
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Tarefa cumprida? Não. Os modos calmos deste fotógrafo escondem o mistério e sua busca pelo novo. Parar? Não posso, diz ele. Que assim seja. Ganhamos nós em desfrutar da arte de um fotógrafo dominado pela vontade, pela busca da perfeição e da satisfação de um trabalho bem feito.